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O que é MAIS IMPORTANTE… A MARCA DO LÍDER OU A MARCA DA ORGANIZAÇÃO que representa?

Antes de mais quero sublinhar que este post surge como sequência de uma entrevista que me foi efetuada pela Mariana Henriques, aluna do Mestrado em Marketing e Estratégia e que se encontrava a trabalhar na sua tese subordinada ao tema “O Impacto das Marcas Pessoais para o Sucesso das Marcas Corporativas”. A Mariana pretendia saber e compreender a minha opinião sobre o tema, nomeadamente em relação aos casos de estudo escolhidos.

Mariana, foi com muito gosto que contribuí! Fica o meu OBRIGADA e o desejo de MUITOS SUCESSOS! 🙂

 

Associo o título deste artigo a uma célebre questão, “o que existiu primeiro… o ovo ou a galinha?”. A grande diferença é que a pergunta que lanço tem uma resposta mais imediata!… A organização e a marca que esta representa têm muito peso, e a realidade é que a marca do seu líder pode não ficar atrás!

Se o líder organizacional apresentar uma imagem forte e se for percecionado como detentor de caraterísticas e competências pessoais vincadas e positivas, ou seja, se possuir uma marca pessoal forte ou uma boa reputação, incontornavelmente a marca do líder pode beneficiar a organização. Além disso, se o líder for considerado carismático, se demonstrar ambição e for um defensor exemplar da marca organizacional, se desta forma conquistar o respeito e a admiração dos stakeholders, poderá mesmo potenciar o aumento de seguidores da marca organizacional. O contrário também pode acontecer!

Como referido, a marca corporativa pode beneficiar da marca pessoal do líder. Isto acontece através do relacionamento deste com o cliente. Quando o líder interage com o cliente, concretiza as duas marcas: a da empresa e a sua marca pessoal. Sendo que ambas as marcas são afetadas em qualquer direção, positiva ou negativa, dependendo das perceções do cliente. Ou seja, o líder pode estimular uma relação mais próxima entre os consumidores e a marca.

A marca pessoal do líder da organização pode ainda potenciar a vantagem competitiva relativamente a marcas corporativas idênticas. Como?…

Os recursos humanos da organização têm “os olhos postos” no seu líder. Eles alimentam expetativas sobre as linhas de orientação do mesmo. Sendo que tendem a observa-lo de forma a entender quais os comportamentos que são aprovados e considerados adequados, “imitando-o”. Torna-se vantajoso para a empresa que os colaboradores partilhem os mesmos valores e a mesma ambição do líder. Se se identificarem com a cultura e os valores organizacionais, assim como, com o seu líder, estimular-se-á a felicidade no trabalho, reportando a elevados níveis de engagement. Ter-se-ão pessoas predispostas a “correr a milha extra” e, como resultado, obter-se-ão níveis de produtividade elevados e de excelência, traduzindo-se em clientes mais satisfeitos e lucros superiores.

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Se o líder tiver preocupações em gerir a sua marca pessoal corretamente, mantendo-a forte, e apresentando a contínua preocupação em elevar o capital humano, conseguirá atingir níveis de influência que levarão a que o cliente interno (funcionários) se torne seu “defensor” e seguidor, impulsionando a marca corporativa à diferenciação relativamente a marcas corporativas idênticas… O segredo do sucesso de uma organização é o capital humano.

Pode-se dizer que o processo de construção de uma marca pessoal forte (do líder) dentro da organização, mantendo essa marca pessoal em sincronia com a marca corporativa, afeta positivamente a receita, bem como influencia a imagem da marca corporativa.

Constata-se que as marcas pessoais que se alinham com a marca da empresa dão maior visibilidade à marca corporativa, uma vez que o perfil pessoal tem influência direta na forma como os clientes veem a organização. E como a marca do líder é indissociável da marca corporativa, a sua marca pode afetar a notoriedade da marca. Portanto, as caraterísticas e competências pessoais e profissionais do líder, assim como o seu estilo de vida, afetam a sua marca pessoal, ou seja, a forma como é percecionado, tendo implicações e apresentando associações para a marca corporativa.

Curiosamente, quando os líderes reagem corretamente, toda a gente ganha; quando respondem incorretamente, toda a gente perde. E informações negativas públicas sobre o líder podem prejudicar diretamente a imagem da marca e a forma como o público perceciona a marca. Assim, as notícias que são divulgadas nos meios de comunicação social podem afetar a visibilidade da marca. Sendo que os momentos definidores dos líderes podem ter um efeito marcante nos outros.

Alguns líderes tornam-se nas imagens de marca das organizações, sendo imediatamente reconhecidos e associados pelos consumidores à marca que representam, concluindo-se que o líder pode ser a imagem de marca da organização. Pode mesmo tornar-se mais forte e mais influente do que a marca que este representa, até porque, incontornavelmente confiamos mais nas pessoas do que nas empresas, uma vez que elas podem ser mais facilmente responsabilizadas!

Alguns tornam-se tão bem sucedidos que se transformam em verdadeiras marcas-ícones que funcionam como ativistas culturais, estimulando os consumidores a pensar diferente a respeito de si mesmos. Atenção!… Isto é para a “eternidade”!… A marca do líder poderá tornar-se um ícone intemporal para a marca corporativa, mesmo após o seu desaparecimento!

 

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Leonor Reis

 

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