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Risco de invasão do nosso lado privado?!

O artigo “Um dia a “máscara” cai!… Será?!”, do dia 27 de Agosto de 2013, levantou algumas questões. A leitora Paula Carminé surpreendeu-me com a sua reflexão e por conseguinte com as questões que daí surgiram. Face à exposição das ideias da leitora, “esbocei alguns traços” como resposta.

Apresento a exposição efetuada

Boa tarde Leonor,

Em primeiro lugar quero felicita-la pelas reflexões que tem publicado no seu blogue, pelo seu grande interesse.

Ao ler o Post “O teu ADN é diferente do meu!”, e posteriormente o comentário a este mesmo Post, ocorreu-me que ao aproximarmos a imagem da autoimagem não estaremos a expor o nosso lado privado em público? Deverá a autoimagem, aquela que temos perante a família e amigos, ser a mesma que temos com os outros com quem nos relacionamos profissionalmente?

Na nossa essência acredito que esta aproximação deva existir para que sejamos genuínos, tal como referiu José Fábrica no seu comentário “Nenhum individuo consegue viver consistentemente a marca que propagou, se esta não for a imagem do que ele próprio é.”, Mas, e se uma pessoa não quiser partilhar a autoimagem, porque por exemplo é reservada, ou até porque nem sempre quer partilhar o que pensa com os “outros” por não se sentir à vontade com pessoas que não lhe são familiares?

Deverá nestes casos trabalhar alguns aspetos da sua própria imagem para que a aproxime da imagem que pretende transmitir?

Nesta aproximação autoimagem / imagem corre-se o risco de invadir o nosso lado privado?autoimagem, Branding Pessoal, estilo de vida, identidade, identity, image, imagem, Leonor Reis, Marca Pessoal, personal brand, personal branding, Mask

Espero que as dúvidas agora levantadas façam algum sentido e, no contexto de imagem de marca a defender, o que se deverá adotar?

Um abraço,

Paula Carminé

 

Resposta…

Olá Paula!… Como já tive oportunidade de lhe dizer, agradeço muito pelo interesse demonstrado pela temática, bem como, pela reflexão que levou às suas questões, que espero ter interpretado corretamente. Vou tentar simplificar e não me estender na explicação, que espero responder em “todas as vertentes”…

Assim sendo, o que significa a autoimagem ser a mais aproximada da nossa imagem? Significa que defendemos os nossos valores e princípios. Isso, tanto em particular como em público. Significa que as nossas atitudes, as opções, as nossas decisões, devem estar de acordo com o que defendemos… temos também de ter em conta que tanto a nossa comunicação verbal como a não-verbal são formas de as pessoas nos “definirem”.

Num contexto mais reservado ou familiar, adotamos um estilo mais descontraído… mas os nossos princípios e valores, mantêm-se. Ou não é assim? 🙂

A aproximação da autoimagem à imagem é a forma de se fazer uma gestão controlada da marca pessoal. Pois… uma imagem que seja próxima da autoimagem é autêntica e sustentada; fácil de manter… é coerente e consistente!

O que transmitimos deve estar aproximado daquilo que é a nossa autoimagem para que possamos sustentar de uma forma equilibrada diariamente a nossa marca pessoal. Só assim poderemos almejar uma reputação exemplar e que nos permite atingir os objetivos.

Existe uma distância entre aquilo que é considerado um ambiente familiar ou privado e um ambiente profissional… mas aí é a própria pessoa que deve gerir o seu comportamento de acordo com as circunstâncias… deve adaptar-se às circunstâncias e é o bom senso que deve prevalecer… Isto não significa que perde a sua identidade! Simplesmente adapta-se ao meio, mantendo-se em equilíbrio.

Relativamente à questão da partilha da autoimagem, julgo que respondi acima à sua questão… Apenas tem de fazer opções e tomar decisões coerentes e conscientes.

Ser reservado não é um defeito… será algo que faz parte da identidade de uma pessoa… Deverá respeitar-se essa condição. Só isso! No entanto, se essa caraterística limita o dia a dia da pessoa em questão ou é o motivo pelo qual a pessoa não atinge os seus objetivos, então deverá “rotular-se” essa caraterística como um ponto fraco, trabalhando-a continuamente, de tal forma que consiga alcançar o estado de transmissão de uma imagem mais confiante. A pessoa deverá focar-se em minimizar e ultrapassar essa limitação.

É sempre o equilíbrio entre o bom senso que deve prevalecer. A identidade e individualidade de cada pessoa é que dita a “sentença”!… Ou seja, O NOSSO ESTILO DE VIDA É O REFLEXO DA NOSSA MARCA PESSOAL.

(Por Leonor Reis)

 

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Somos o que somos e a nós não nos enganamos. Mesmo assim, dou por mim muitas vezes a pensar se de facto me conheço. Às vezes tenho dúvidas!…

A verdade é que é nos momentos mais difíceis que nos conseguimos colocar à prova e nos testamos… muitas vezes é aí que verificamos do que somos capazes, o que valemos… é aí que constatamos a força que temos para ultrapassar obstáculos… Também é nesse momento que nos salta à vista o quão importante é termos pessoas ao nosso lado, e o quão importante é termos um pensamento positivo.

Seja qual for o momento, bom ou mau, sozinho ou acompanhado, em privado ou em público, as nossas convicções serão sempre as mesmas (Ou deveriam ser! É assim, não é?!)… CABE A NÓS SERMOS FIÉIS A NÓS PRÓPRIOS!

 

4 Comments

  1. Luis Marques

    Olá Leonor boa Tarde,

    Existe uma primeira vez para tudo, and this is it, vou apenas deixar uma ideia em forma de opinião,

    Será virtude, no meu entender, o que demonstramos na sua essência, na educação, formação, ética, profissionalismo, etc…., aquilo que somos perante os outros, mas é carácter manter-mos essa virtude quando não estamos perante os outros.

    Isto é, somos aquilo que somos, no público e no privado ………. iguais a nós próprios, sem máscaras e cosméticas.

    Mais haveria a escrever, mas penso que o essencial e objectivamente importante foi escrito.

    Obrigado,

    E continuação do bom trabalho

    Melhores Cumprimentos

    1. Leonor Reis

      Olá Luís!
      Ainda bem que resolveu partilhar as suas ideias, pois considero-as interessantes. Gostei e compactuo consigo na sua reflexão… “somos aquilo que somos, no público e no privado… iguais a nós próprios”.
      Obrigada 🙂

  2. Missy

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