Importa falar nesta questão porque a mesma surge simplesmente porque o branding pessoal é um tema controverso. Na Era em que vivemos, onde a publicidade faz parte do nosso dia a dia, e as empresas são vistas como capazes de comercializar tudo, algumas pessoas são da opinião que a criação de marcas pessoais nos desumaniza e que manipula as relações humanas com o propósito de obter ganhos financeiros, tornando-nos (a nós, pessoas) produtos.
Isto é completamente falso! E porquê?
- O branding pessoal não é um conceito novo porque sempre fez parte da interação humana.
Como tenho vindo a defender, todos temos uma marca pessoal. Trata-se de uma componente essencial da forma como nos relacionamos uns com os outros, permitindo-nos fazer julgamentos imediatos sobre as outras pessoas, baseados apenas em algumas pistas. Assim, enquanto o conceito poderá parecer sinistro e semelhante ao controlo da mente, não é mais do que simplesmente a essência de quem nós somos.
- O branding pessoal já se encontra em todo o lado.
Como julgas que algumas figuras públicas se tornaram ricas e famosas? Branding pessoal. Já se encontra em uso pelas celebridades, pelas pessoas que pretendem tornar os seus nomes em indústrias e a eles próprios em magnatas. É aceite pela nossa cultura e os filtros incorporados na nossa cultura têm a estranha habilidade para rejeitar as marcas pessoais de que não gostam.
- As marcas pessoais têm de se “manter reais” para serem bem-sucedidas.
A melhor marca pessoal reflete sempre o verdadeiro caráter da pessoa que se encontra por detrás da marca. Marcas ”escorregadias”, superficiais e manipulativas mais cedo ou mais tarde caem. As pessoas respeitam o que é real e as 
marcas pessoais construídas com mentiras inevitavelmente falham de uma forma deselegante. A tua marca pessoal deve representar o que és, com imperfeições e tudo o que te diz respeito.
- Tens de construir uma marca com a qual consegues viver diariamente… consistentemente.
A maioria das pessoas sabe que os relacionamentos fortes com os clientes criam igualmente negócios fortes e de longo termo. A única forma de criar esses relacionamentos é se a tua marca pessoal e a pessoa atrás da mesma – tu – estás 100 % em sintonia. A marca que reflete a sua verdadeira paixão, objetivos/metas e o seu propósito, é uma marca com a qual consegues viver e é uma marca que consegues manter ao longo de toda a tua carreira.
Para quem considera que a marca pessoal é similar a um produto, gostaria de emitir a seguinte opinião… Dificilmente (diria mesmo que é impossível) nos conseguiríamos comportar como produtos estandardizados, com a intenção de satisfazer um público-alvo. Somos seres humanos, com sentimentos diferenciados (associados a cada indivíduo) e vivências distintas.
Logo aí nos “destacamos” uns dos outros… porque vamos apresentar pensamentos e comportamentos que à partida se encontram em sintonia com a referida individualidade, caraterizada pela componente humana dos indivíduos. Ou seja, a marca pessoal deve ser orgânica. E se a marca pessoal é efetivamente orgânica, a mesma permanece constante e é consistente nos comportamentos, ao longo do tempo.
Até breve! 🙂
